Está na altura de trocar a viatura que o serviu por uns aninhos por um automóvel zero quilómetros? Ou, então, chegou o dia de adquirir o primeiro carro novo? Seja qual for o caso, há coisas que deve mesmo saber antes de começar a pensar em iniciar conversações no sentido de fechar negócio.
- Obtenha uma pré-aprovação de crédito ou estabeleça um máximo a pagar por mês
É tentador escolher um modelo que lhe enche o olho e ir atrás dele. Mas não é a atitude mais racional. Antes de decidir o que comprar, trate de olhar para o seu bolso e decidir quanto está disposto a gastar. De acordo com os especialistas em finanças, o ideal é que o total de despesa com um carro (inclui seguro e manutenção) não ultrapasse os 20% do rendimento. Depois, caso queira optar por um crédito automóvel, procure uma pré-aprovação. Já se escolher ter um carro recorrendo ao ALD, ao Leasing ou ao Renting, estabeleça um máximo de renda mensal (e, claro, verifique qual a solução de financiamento que lhe é mais benéfica, estudando o que cada uma oferece e as desvantagens que encerram).
- Faça uma lista de possibilidades
Depois de saber quanto quer ou pode despender do orçamento, construa uma lista de modelos que encaixem nesses valores. Não se esqueça de comparar os vários modelos de diferentes marcas tendo em conta o equipamento de cada um: um automóvel pode parecer mais caro que outro quando na realidade é melhor negócio por aquilo que oferece ou até pela facilidade que terá a despachá-lo caso se veja nessa necessidade. No entanto, não se deixe deslumbrar por uma série de opcionais que terão pouca utilidade e que acabam por aumentar em muito a fatura final. Pense no que de facto precisa e no que irá sem dúvida utilizar.
Outra dica importante é esperar um pouco quando um modelo acaba de ser lançado ou se está a ter muito sucesso de vendas: quanto mais vender, menor será a margem negocial. Daí que a compra de um modelo que esteja para ser substituído possa ser um bom negócio. Além disso, o fim dos trimestres, em que os concessionários têm de apresentar resultados, pode ser um bom período para ir às compras.
- Informe-se sobre os veículos que mais lhe interessam.
Online, nos jornais, em revistas da especialidade. Há muitas fontes fidedignas onde encontrar informação relevante sobre os modelos que chegaram à “short list”, conseguindo, através da avaliação de profissionais, perceber qual a melhor aposta.
Mas, claro, tenha sempre em conta as suas necessidades, questionando-se se vai fazer muitas e longas viagens ou rolar sobretudo pela cidade, se precisa mesmo de um carro com muitos cavalos, se a mala gigantesca vai servir para alguma coisa ou se vai pagar caro pelas emissões de CO2.
Além disso, não se fique pelas características técnicas ou mimos da tecnologia. Procure saber como funciona a garantida de cada um, o que abarca e por quanto tempo, sobretudo se a ideia for ter a propriedade.
- Regateie, regateie e regateie.
A arte de regatear não precisa de ser reservada apenas a um mercado de rua. Regatear o preço de um carro é possível e há sempre alguma margem para negociar o valor final. Ou então conseguir a oferta daquele extra que queria tanto, mas que não tem dinheiro para pagar. E quando der por um silêncio incómodo, calma! Esta é uma das técnicas mais antigas de vendas, não sucumba: obrigue o vendedor a quebrar o silêncio.
Verá que quando ele finalmente falar dirá algo do seu agrado, como um desconto sobre o preço falado anteriormente ou a inclusão do sistema de navegação sem um euro a mais. E em momento algum deixe transparecer o desespero por sair do stand ao volante do seu carro novo. Tente mostrar que não tem pressa e que está disposto a esperar – o truque poderá surtir efeito.
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