Depois das centralidades e com as dificuldades de financiamento na banca, os promotores imobiliários voltam a apostar em condomínios, mas desta vez em zonas mais ajustadas às carteiras dos angolanos. A segurança é hoje um dos principais critérios para a escolha da casa própria.

A construção de novos condomínios em Luanda vai ganhando espaço depois de um período de estagnação e a aposta agora dos construtores passa por construir em zonas mais baratas como a Via Expressa, Camama ou Cacuaco, mais em conta com os bolsos dos angolanos.

Investidores apontam a segurança como um dos principais motivos para a aposta na construção destes condomínios, depois de um período menos bom devido a alguns projectos não concluídos, que deixaram à sua sorte clientes que em alguns casos já tinham pago a totalidade dos imóveis.

Zonas como o Camama, Via Expressa ou Cacuaco têm sido as escolhidas para as novas edificações, depois do “el dorado” que foi a zona do Talatona, mais cara.

“Apostamos nos condomínios por causa da segurança. As pessoas querem estar tranquilas nas suas casas. E a melhor forma de o conseguirem é pela via destes projectos, que garantem também algum conforto aos habitantes”, avançou ao Expansão Linda Liu, representante de uma construtora que mantém a aposta depois de uma primeira experiência positiva com a construção do Jardim das Rosas em 2009.

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“O Orlando Residencial é a nossa primeira aposta e prevemos construir mais 5 outros condomínios nesta zona do Kilamba. Com imóveis T3 e T4”, disse.

A responsável avançou que estes projectos estão a ser garantidos com financiamento privado, com base num fundo de investimento chinês. “Os nossos projectos têm garantia financeira. O nosso capital é garantido por um fundo criado por investidores chineses. E nestes seis condomínios vamos investir no total 400 milhões de dólares”, disse.

Também na via expresso está em divulgação o condomínio Esperanza, de uma construtor nacional, que promete a entrega das primeiras habitações ainda este ano. “Aqui o que pretendemos é harmonia entre os espaços para que as famílias tenham o sucesso esperado. As primeiras habitações começam a ser entregues em Setembro”, disse Aurélio Bernardo, director geral deste projecto.

Para este engenheiro de formação, o espaço em construção prevê zonas de apoio às futuras famílias residentes, para que estas tenham pouca necessidade de sair do espaço.

“Sabemos que muitas famílias trabalham no centro da cidade e residem aqui em cima. E nos fins-de-semana querem descansar. A pensar nisso, vamos também construir no nosso condomínio estabelecimentos de apoio, como supermercado, farmácia, e zonas de recreação devidamente controladas”, explicou.

No Camama, está em construção o Viver e os responsáveis garantem que é para atentar as pessoas que não tendo “milhões”, podem residir em condomínios. “As nossas habitações serão para as pessoas que não ganhando milhões de kwanzas, pretendam viver em condomínio. Aqui vamos ter apartamentos T3 e também vivendas”, explicou o promotor do projecto.

Os preços

Em fase de divulgação os promotores garantem que os preços dos seus imóveis estão longe dos praticados há alguns anos, porque o mercado mudou. O objectivo agora é atender à classe média que não tem recursos para pagar os preços de comercialização de outras épocas. “O preço de venda das nossas vivendas vai desde os 190 aos 260 mil dólares [entre 96 a 131 milhões Kz]. E podem ser pagas em diversas fases, sendo que no início deve ser pago 10% do valor”, disse Linda Liu, do Orlando Residencial. Preços que podem ainda baixar em função do momento de negociação. “Vamos construir seis projectos. Quem negoceia na fase de promoção de cada um deles tem desconto. Apesar de agora só estarmos a promover ainda o Orlando Residencial, que também beneficiou os primeiros compradores”, adiantou.

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