Reconhecido pela construção premium, câmeras de alta qualidade e processamento potente, o iPhone da Apple sempre figura entre os melhores smartphones do mercado. Um dos motivos apontados para o conjunto encorpado oferecido pela marca é o controle absoluto de software e hardware — além de desenvolver o próprio sistema operacional, a gigante de Cupertino projeta o celular por inteiro, incluindo as especificações da tela, das câmeras e até mesmo o processador.

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Curiosamente, mesmo com tanto controle, a Apple não é a responsável pela fabricação dos celulares. A companhia depende de parcerias estabelecidas com companhias especializadas em todo o mundo para que os iPhones saiam do papel da forma mais otimizada, tanto em termos de performance quanto de custo de fabricação.

Fabricado em um lugar, montado em outro;

Um detalhe que pode passar batido por muitos é que a Apple não é responsável pela fabricação dos próprios dispositivos. A gigante de Cupertino apenas projeta os telefones, que são então montados por empresas especializadas pelo mundo, com destaque para a Foxconn, principal parceira da Apple. Dito isso, a própria Foxconn não fornece todos os componentes.

Os iPhones contam com telas, sensores de imagem, câmeras e inúmeros outros circuitos e componentes eletrônicos de mais de 200 empresas por todo o mundo. As fornecedoras estão presentes em países como China, Taiwan, EUA, Vietnã e até mesmo Brasil. A Apple fecha contratos com essas empresas, que enviam as peças para a Foxconn e outros fabricantes que realizam o processo de montagem. Os celulares prontos são então enviados para as lojas.

Vale destacar que essa fabricação dividida em múltiplos lugares não é uma característica apenas dos iPhones — a maioria dos smartphones modernos e até mesmo outros dispositivos eletrônicos produzem peças feitas em uma fábrica, para que a montagem seja feita em outra. Trata-se de uma maneira de tornar o procedimento mais barato, por tirar proveito de incentivos fiscais, mão de obra de menor custo e outros benefícios.

Quais são as fornecedoras da Apple?

Anualmente, a Apple disponibiliza uma lista com os fornecedores e parceiros responsáveis pela fabricação dos componentes de todo o portfólio da companhia. Como citado, o total ultrapassa as 200 empresas, valendo destaque para as responsáveis por alguns dos principais componentes. Estão inclusas as seguintes fabricantes, com os produtos que fornecem:

  • Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. (TSMC) — chips das famílias A e M
  • Samsung Display, LG Display e BOE Technology — telas OLED e LCD
  • LG Innotek — sensores de câmera
  • LG Chem — baterias
  • Micron Technology, SK Hynix e Samsung — memórias RAM e de armazenamento
  • Qualcomm — modems de redes sem fio
  • Foxconn — montadora primária do iPhone
  • Pegatron — montadora secundária do iPhone

A lista inclui ainda nomes como Panasonic, Hitachi, Kioxia, Kyocera e muitas outras.

O trajeto do iPhone: da fábrica às lojas;

A trajetória dos iPhones é longa e envolve uma grande operação logística. O processo começa quando a Apple adquire as peças dos fornecedores e as vende para as fabricantes, como a unidade da Foxconn em Zhangzhou, na China. O local tem algo próximo de 5,7 km² de área, bem como mais de 350 mil funcionários, que realizam a chamada FATP (final assembly, testing and packaging), ou “montagem final, teste e empacotamento”.

Principal fabricante dos iPhones, a Foxconn adquire da Apple os componentes para produzir os telefones em fábricas em Taiwan (foto), na China e em outros países (Imagem: Foxconn)

 

No total, são 94 linhas de produção que fabricam 500 mil iPhones por dia, ou 350 aparelhos por hora. Os smartphones prontos são empacotados e distribuídos em pallets, que viajam de caminhão até a zona alfandegária da cidade. A área não apenas é responsável por facilitar a venda local dos dispositivos, como também os encaminha para a exportação, após a Apple comprar os celulares da Foxconn, para revendê-los para varejistas pelo mundo.

Para sair do país asiático, os iPhones são então distribuídos em grupos de 150 mil unidades inseridas em contêineres de alumínio, entre diversos aviões Boeing 747. De lá, empresas de transporte global, como FedEx e UPS, encaminham os telefones para os EUA e outros países onde os aparelhos serão vendidos.

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